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domingo, 12 de junho de 2011

Automação Residancial

Tela digital
Shutterstock
Janelas e portas automáticas, luzes que acendem e diminuem a intensidade sozinhas, sensores que avisam por e-mail sobre vazamentos e tomadas que evitam choques. Futurismo? Não, automação residencial. A automação residencial é o nome usado para descrever o uso da tecnologia para dar mais conforto e segurança aos moradores de uma casa na medida em que sensores e equipamentos eletrônicos passam a fazer tarefas domésticas sozinhos.
Chegar em casa depois do trabalho, acender a luz da cozinha e ligar o forno para preparar um assado, por exemplo, não precisa acontecer nesta ordem. Um aparelho chamado Programador Digital, desenvolvido pela empresa Simon Brasil, possibilita que lâmpadas, aquecedores, eletrodomésticos, fornos, alarmes, sistema de irrigação, entre outros, sejam programados para ligar ou desligar conforme a necessidade dos moradores. O Programador é um interruptor digital com o qual o morador pode programar por dia os horários de funcionamento de até 20 aparelhos eletrônicos que tem em casa.
Mas se conforto para você é um ambiente ideal para dormir, saiba que o Wallpad, aparelho para controle remoto de iluminação e equipamentos eletrônicos domésticos, contém uma função chamada "cenas". Ao escolher esta opção, você pode programar cenários como "dormir" e ao acioná-lo as persianas do quarto se fecham, as luzes se apagam e o aquecedor ou ar-condicionado deixa a temperatura adequada para o seu sono. O Wallpad foi desenvolvido pela iHouse é um dos lançamentos da empresa para 2011. Ele usa tecnologia wireless e painel touchscreen colorido.
Marcos Vinicius, diretor comercial da Simon do Brasil, menciona que, além de conforto, os programadores servem para atender as necessidades de segurança. "É possível simular a presença na sua casa ou na casa da praia a qualquer hora do dia, ligando e desligando equipamentos e dispositivos de forma aleatória ou programada, evitando gastos desnecessários de energia e possibilitando maior segurança e tranquilidade", argumenta.
E os robôs também estão a sua disposição. Desenvolvido pela Siprabe, o Robô XT5 deixa a piscina pronta para os mergulhos sem que você precise ajudar. Basta acionar um botão, que o robô faz a limpeza do fundo, paredes e borda da piscina. Ao ser ligado, o XT5 mapeia o espaço nos 30 primeiros movimentos, depois varre, esfrega e aspira a sujeira enquanto desliza pela piscina.
Casa em miniatura e moedas
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Se você pensa que tornar sua casa inteligente vai custar uma fortuna, o engenheiro José Roberto Muratori, conselheiro da Aureside, Associação Brasileira de Automação Residencial, explica que os custos destes produtos caíram 50% nos últimos cinco anos. "É possível executar um projeto bem completo de automação num apartamento de R$ 1 milhão por cerca de R$ 30 mil, ou seja, cerca de 3% do valor do imóvel. Mas este percentual pode ser bem menor (ou maior) dependendo das escolhas do morador", ressalta.
Criança colocando dedo na tomada
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E para quem pensa primeiro em segurança e depois em conforto, as opções também não são poucas. Para proteger a família contra vazamentos de gás, por exemplo, você pode instalar em casa um detector que dispara alarmes quando percebe a presença de gases tóxicos como butano, metano e gás natural. Integrado a outros sistemas de automação, o detector pode inclusive avisar os moradores e o corpo de bombeiros por telefone, sms e e-mail sobre o perigo.
Vazamentos de água também podem ser monitorados por outro detector instalado na parede e ligado a um sensor fixado bem próximo ao solo. Ativado quando o nível da água atinge os contatos do sensor, o detector acende um led e dispara um alarme. Assim como o detector de vazamento de gás, quando ligado a outros sistemas, consegue cortar a alimentação da água.
Acidente comum em residências, os choques elétricos também podem ser evitados com a ajuda da automação residencial. A partir de um sistema antichoque, todas as tomadas são dotadas de uma trava de segurança, assim, a energia corrente só é liberada caso os dois contatos do plugue sejam acionados simultaneamente. Se alguma criança colocar um objeto em um dos buracos da tomada, por exemplo, a entrada será automaticamente bloqueada.
Tanto os detectores de vazamento como as tomadas antichoque foram feitos pela Simon do Brasil. De acordo com a empresa, desde o processo de criação, cada produto leva em média dois anos para ser desenvolvido.
A própria Aureside é exemplo do crescimento deste mercado no Brasil. A associação foi fundada há onze anos e somente nos dois últimos viu o número de empresas associadas dobrar. Muratori comenta que a associação projeta um forte crescimento e a adoção da automação residencial em grande escala nos próximos 3 a 5 anos.
"Hoje o mercado está muito ativo não somente porque os consumidores já estão mais acostumados a utilizar tecnologia em sua vida pessoal, mas também porque as construtoras estão adotando soluções de automação em seus empreendimentos, tornando isto um diferencial mercadológico no competitivo mercado de construção civil", observa.
Controle o consumo de energia
Além de inteligente, a automação também pode ser usada para tornar a casa sustentável, a partir do monitoramento do uso de energia elétrica por eletrodoméstico. O Snapgrid, desenvolvido pela iHouse, é um aparelho que, instalado junto ao quadro de disjuntores, acompanha em tempo real o quanto um equipamento elétrico ou ambiente da casa consome de eletricidade. A medição pode ser feita em quilovates ou em reais.

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