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domingo, 12 de junho de 2011

Como conter a queda de cabelo

Mulher com escova cheia de cabelo
Shutterstock
A vida dos fios de cabelo pode durar de seis meses a dez anos, dividida nas etapas de crescimento, repouso e queda. A maior parte dos fios de um adulto está no primeiro estágio e, quando atingem o segundo, os cabelos param de crescer por dois ou três meses até chegar à fase da queda. Por isso, os fios com duração menor merecem maior cuidado para aumentar sua densidade e longevidade. Normalmente, 50 a 100 fios de cabelo caem por dia, mas a queda excessiva ou a redução do volume capilar deve ser motivo de preocupação e consulta com um profissional da área.
Segundo Ademir Junior, dermatologista especializado em terapia capilar, a variedade de fatores que levam à queda de cabelo é maior entre mulheres do que homens. Além da genética e problemas emocionais que interferem no crescimento dos fios femininos, o médico aponta dietas restritivas, menopausa e fase pós-gestacional como origens do problema.
"Sem dúvida nenhuma, o estresse é a causa mais comum entre todas, ocasionando aumento de queda capilar e outras disfunções como aumento de secreção sebácea e a dermatite", explica a terapeuta capilar Patrícia Maciel. Maus hábitos como o tabagismo também contribuem para o diagnóstico de perda e enfraquecimento dos cabelos. Além de diminuir a oxigenação e a proliferação das células capilares, fumar eleva a produção de radicais livres.
A assepsia errada do couro cabeludo acarreta oleosidade e caspa, fatores relacionados à queda de cabelo. A caspa manifesta-se por lesões avermelhadas que descamam e coçam, provocada pelo aumento da produção de óleo das glândulas sebáceas. A lavagem com produtos leves, sem limpeza profunda, é uma forma de prevenir a dermatite. Mas, se a caspa persistir por mais de duas semanas, um especialista deve ser procurado.
A oleosidade também pode resultar de práticas comuns no inverno, como o uso de secadores e banho com água quente. Patrícia esclarece que a glândula sebácea responde com rapidez a qualquer movimento, por isso o óleo retirado pela água muito quente vai retornar na mesma velocidade. "Isso sem contar que a água quente potencializa a ação do cloro e dos metais existentes nas tubulações", complementa a terapeuta, apontando 20 graus como a temperatura ideal.
Outra precaução é quanto ao uso de boinas, gorros e bonés, acessórios que, utilizados com frequência, ajudam a proliferar fungos que atacam o couro cabeludo. Essas peças devem ser lavadas como as peças íntimas.
Mulher comendo salada
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Parte dos elementos que favorecem o fortalecimento dos fios está na alimentação balanceada entre frutas, verduras, legumes, cereais e proteínas. Porém, a ingestão de vitamina A em abundância pode provocar a queda capilar. "A vitamina A é agente controladora de proliferação das células da pele que formam o cabelo e em dosagem elevada reduz em muito a proliferação destas células", alerta Ademir Junior.
O sedentarismo integra o time de inimigos dos cabelos fortes, pois contribui para o estresse psíquico mencionado anteriormente. A atividade física libera no organismo mediadores químicos como a endorfina e traz sensação de bem-estar, logo uma rotina de exercícios é recomendada.
Ademir explica que "pessoas que praticam atividades físicas possuem uma função respiratória acima da média, o que facilita a oxigenação dos tecidos, inclusive do couro cabeludo e das raízes dos cabelos, melhorando o metabolismo destas estruturas e consequentemente diminuindo a velocidade de queda capilar até mesmo naqueles com predisposição genética".
No entanto, uma prática de exercícios exagerada e combinada com uma dieta muito restritiva tem o efeito inverso. "Nestes casos, para a manutenção dos músculos quem acaba perdendo são os cabelos já que toda a energia que deveria ser fornecida aos fios a partir da nutrição é desviada para os músculos, levando a um déficit nutricional capilar", argumenta o dermatologista.

Mulher calva olhando o espelho
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A diversidade de causas da queda de cabelo demanda um diagnóstico cuidadoso. Além do acompanhamento com um dermatologista, Patrícia Maciel recomenda a avaliação do histórico capilar chamada tricograma, que consiste no estudo do ciclo biológico dos fios e na detecção dos picos de queda para a escolha do tratamento efetivo.
Patrícia defende que os xampus sejam vendidos com prescrição, uma vez que cada cabelo tem um biótipo e o produto um papel importante tanto na causa como no tratamento da queda. "O uso contínuo de produtos inadequados pode provocar, em casos extremos, afinamento dos fios, anemia no bulbo e queda de cabelo".
Em alguns casos, o tratamento da queda de cabelo requer uma ajuda multiprofissional. Quando a razão é a tricotilomania, ato de arrancar cabelos, a terapia psicológica é aliada ao tratamento tópico capilar. Se a queda capilar for causada por alteração nos hormônios da tireoide, deve haver a assistência de um endocrinologista.
O tratamento da calvície conta com várias técnicas que vão desde esfoliações a laser de baixa potência. Quanto mais cedo for o diagnóstico, mais chances o tratamento tem de reverter o quadro. "Nesse tratamento, o principal objetivo é estabilizar o processo de miniaturização, pois os fios de cabelo da parte superior da cabeça ficam finos e rarefeitos e não crescem como antes", esclarece Patrícia.
Mulher massageando os cabelos
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Embora as propagandas façam acreditar que são infalíveis, os xampus antiqueda não são miraculosos. O dermatologista Ademir Junior é taxativo: "São superficiais e raramente absorvidos como deveriam pelo couro cabeludo. Quem quiser usar pode, mas o resultado é muito mais placebo do que qualquer outra coisa". De acordo com ele, os produtos à venda nos supermercados são ideais para a queda por quebra, logo não previnem a queda por outros fatores.
Algumas receitas caseiras podem ajudar a controlar a oleosidade. Massagear a cabeça com suco de limão antes de lavá-lo é uma delas, pois a acidez da fruta ajusta o pH do couro cabeludo quando estiver muito alcalino. Outra opção é uma aplicar máscara de babosa, planta com o poder de revigorar as células dos cabelos, uma vez ao mês. Bata no liquidificador duas folhas de babosa, uma colher (de café) de óleo de amêndoas e duas colheres (de sopa) do condicionador específico para seu tipo de cabelo.
A propriedade antisséptica e purificante da hortelã faz da erva ingrediente de uma receita natural indicada por Patrícia Maciel para diminuir a oleosidade. Pegue uma touceira de hortelã, centrifugue com meio copo de água filtrada e coe muito bem. Após a lavagem dos cabelos, aplique 20 gotas no couro cabeludo e massageie, sem enxaguar. A solução pode ser conservada em geladeira.
Para concluir, Patrícia atenta para o hábito de cabelo preso com muita tensão por tempo prolongado. "Pode promover o que chamamos de tração contínua, isso pode causar uma queda traumática e enfraquecimentos e deslocamento do bulbo e matriz celular dos fios".

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