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terça-feira, 5 de julho de 2011

Previna doenças respiratórias

Diferenças ente gripe e resfriado

Mulher assoando o nariz
Shutterstock
A queda da temperatura no centro-sul brasileiro pinta o quadro perfeito para o aumento da incidência de doenças respiratórias. As oscilações térmicas, a umidade relativa do ar quase desértica, o agravamento da poluição e as aglomerações em ambientes fechados são propulsores das infecções das vias aéreas superiores, as que mais atingem a população de acordo com médico pneumologista Bernardo Kiertsman.
Dentre os males, os mais comuns são a faringite, amigdalite, sinusite, resfriado e gripe. Os sinais parecidos acabam confundindo as duas últimas, mas o especialista explica que a diferença está no vírus, na gravidade dos sintomas e na duração do ciclo.
O resfriado é geralmente provocado pelo rinovírus e se manifesta em um quadro leve de obstrução nasal, coriza e tosse que dura entre cinco e sete dias. Não há o comprometimento do estado geral que ocorre na gripe, trazida pelo vírus influenza, aquele combatido pelas vacinas. Além dos sintomas do resfriado, a pessoa gripada sente febre alta e dor no corpo.
Doenças virais não têm cura, porém o ciclo pode ser amenizado com repouso, alimentação rica em nutrientes e bastante líquido. Sempre que os sintomas do resfriado demoram a passar, o médico deve ser procurado. "Os vírus são a porta de entrada para a infecção bacteriana, pois o catarro é a zona de cultura do micro-organismo", alerta Kiertsman. A baixa resistência aumenta a propensão à pneumonia bacteriana, que pode ser a consequência de uma gripe não tratada. Por isso, idosos, crianças e gestantes devem tomar mais cuidado.
A rotina das crianças oferece mais um agravante. As escolinhas são verdadeiros viveiros de bactérias, que facilitam a contaminação e também as crises de doenças respiratórias alérgicas como asma e rinite, tratadas na página seguinte.

Asma e rinite

Criança respirando com inalador
Shutterstock
Ambas são doenças inflamatórias desencadeadas por infecções virais - gripe e resfriado - e pelos chamados gatilhos - poeira, cigarro, mudança brusca de temperatura, pelos de animais. Enquanto a asma se origina no brônquio, a rinite ataca o nariz provocando espirros e coceira.
"O quadro de rinite é mais arrastado, o paciente tem prurido (coceira ou comichão), obstrução e coriza. Tem gestual próprio, quando coça o nariz, que chamamos de saudação do alérgico", explica o pneumologista. A rinite é diagnosticada com uma anamnese, entrevista com o paciente, ou com testes alérgicos, que podem ser realizados no sangue ou na própria pele.
A falta de ar da rinite é causada pelo entupimento do nariz, já os asmáticos perdem a respiração por outro motivo. Diante de um gatilho, ocorre o processo de hiper-reatividade que diminui o calibre do brônquio, espécie de cano que leva o ar para o pulmão, e dificulta a passagem do ar. Tosse, chiado e aperto no peito também são sintomas comuns da asma.
Asma e rinite são doenças genéticas sem cura, mas podem ser controladas com medicamentos e hábitos domésticos que mantenham distância do ácaro, protagonista das crises alérgicas. "Cuidar da higiene dos ambientes, não usar espanador nem vassoura, o mínimo de carpete, não acumular objetos sobre móveis", orienta Kiertsman, que também é diretor do departamento de pediatria da Associação Brasileira de Asmáticos (ABRA).
Entre os anti-inflamatórios que combatem a asma, os mais potentes e eficientes são os corticosteróides administrados preferencialmente por inalação. Dependendo da gravidade, podem ser administrados em doses diversas, isolados ou associados a outros medicamentos. Segundo Kiertsman, 50% das crianças asmáticas não vão manifestar a doença na fase adulta, o que se justifica pela adaptação do indivíduo às condições adversas e ao desenvolvimento da anatomia dos brônquios.

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